Comercialização

A comercialização sempre foi o maior desafio dos Pequenos Produtores Rurais, devido à falta de estrutura para conquistar o acesso aos mercados, ausência de transporte, pequena quantidade de produtos, falta de logística e de conhecimento sobre classificação e embalagem, e a falta, principalmente, de INFORMAÇÃO.

Assim, sua única forma de comercialização sempre foi através de intermediários, que visitavam o campo para viabilizar o acesso dos pequenos ao uso de “novas tecnologias”. Com isso, iniciaram um processo de troca de produtos, a ponto de deixarem estes agricultores totalmente necessitados de sua presença, chamados de “ATRAVESSADOR”. Em 1984, na tentativa de diminuir esta dependência, os Assentados de Reforma Agrária e outros agricultores se juntaram e lutaram junto ao Governo e conquistaram um pavilhão dentro do segundo maior mercado do País, CEASA –RJ. Chamado de PAVILHÃO 30, este espaço é definido para a comercialização das organizações de Pequenos Produtores do Estado.

A partir da formação das organizações, que proporcionou o acesso dos pequenos ao mercado, iniciou-se uma nova caminhada da agricultura no Estado.

Ainda assim, não foi o bastante, pois, a competição no grande mercado era uma realidade não conhecida pelo “pequeno”. Muitos tiveram prejuízos e desistiram. O início do sucesso do Projeto Pavilhão 30 foi inviabilizado por vários fatores, tais como, a ausência de assistência técnica, de capacitação, de crédito e, a sua não conclusão.

Entretanto, algumas organizações que conseguiram ultrapassar as dificuldades e permaneceram no pavilhão, garantiram o espaço para todos, e hoje, com as Políticas voltadas para o Pequeno Produtor e para a Agricultura Familiar, que cobrem toda a ausência do passado e principalmente garantem a compra de 30% da produção rural e o apoio social através do Programa Fome Zero, ou melhor, Brasil Sem Fome, resgata todo o espírito coletivo, e principalmente, traz ao homem do campo a garantia de sua permanência de maneira digna, com renda justa, o inserindo de verdade na sociedade de maneira solidária e com respeito.

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