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A Fiocruz-RJ sediou, nos dias 03 e 04 deste mês, o 2º Encontro Nacional do Programa Cozinha Solidária com a presença de 60 cozinhas solidárias, além de 20 entidades gestoras, movimentos sociais, universidades e órgãos públicos. Na oportunidade avanços foram avaliados e houve a construção de novas propostas para o futuro desta política pública estratégica de combate à fome.
O evento foi uma realização do Ministério de Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome (MDS), por meio da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e teve como tema “Alimentar a esperança de um Brasil justo e solidário”.
Agricultura Familiar
A coordenadora geral de Cozinhas Solidárias do MDS, Ana Carolina Souza, citou o apoio da agricultura familiar a esta política pública. “Temos em adicional, o apoio às Cozinhas Solidárias com alimentos da agricultura familiar; alimentos in natura, saudáveis. São esses alimentos que realmente qualificam o que é feito ali nas cozinhas. Quero agradecer à Unacoop e seus agricultores e agricultoras pela doação dos alimentos tornando o espaço do evento tão bonito”.
Ana Carolina reforçou ainda que o MDS apoia Cozinhas Solidárias também por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que é uma política pública bem instituída no âmbito deste ministério. “Temos esse desafio de aproximar essas duas políticas, o programa cozinha solidária com o PAA, para a gente comprar de quem precisa vender e entregar esse alimento a quem mais precisa receber. E, por meio dessa articulação das políticas de segurança alimentar e nutricional, temos conseguido dar passos importantes, como esse que demos de retirada do Brasil do mapa da fome mais uma vez”.
Instituto Águas do Amanhã
O Instituto Águas do Amanhã, com sede em Sepetiba e conduzido pela Ialorixá Roberta Costa, é uma Unidade Gestora no âmbito do Programa Cozinhas Solidárias. “Fazemos a gestão de 30 de Cozinhas Solidárias de Terreiro por entender a importância da cozinha de terreiro e também a relevância de alimentar o próximo, alimentar a sua comunidade, seja de tela interna ou externa, é um papel do povo de matrizes africanas desde o meado do século XIX”.
“Pelo nosso plano de trabalho, devemos fornecer 120 mil refeições até outubro deste ano – quando fazemos um ano nesta atividade. Entendemos que isto tem um grande impacto na sociedade, além das ações pontuais que desenvolvemos como o Natal Sem Fome, também no período da páscoa, junto às crianças solidárias e comunitárias. São ações que alimentam famílias dentro de cozinhas de terreiro ou quilombolas, ou ainda da periferia dentro das favelas”, frisou Roberta Costa.
A coordenadora do programa detalhou que mais de 1 mil cozinhas foram habilitadas, mais de 600 estão recebendo alimentos da agricultura familiar por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e 384 estão recebendo apoio financeiro do MDS. Ao todo, são servidas 295 mil refeições diárias pelas cozinhas apoiadas pelo Governo do Brasil. “As cozinhas estão localizadas em espaços bastante periféricos das nossas cidades e têm ajudado o MDS a alcançar pessoas com índices mais graves de insegurança alimentar”, completou.
O programa, que opera por meio de três modalidades: apoio financeiro à oferta de refeições; fornecimento de alimentos in natura via PAA; e capacitação de colaboradores, demonstrou resultados concretos no fortalecimento de redes locais.
A programação do encontro contou com plenárias, painéis temáticos, oficinas e atividades culturais, valorizando o protagonismo das cozinhas nos territórios e a troca de experiências entre diferentes regiões do país.
Unacoop
Foi muito importante para nós da Unacoop podermos participar deste encontro com um PPA da Conab simples com algumas variedades de nosso Estado. Conseguimos mostrar que o Rio de Janeiro tem produção sim e tem agricultura familiar rural e urbana”, concluiu Margarete Teixeira, gerente geral da Unacoop.
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