36ª Reunião do Colegiado BIG garantiu encaminhamentos positivos para a Agricultura Familiar da Baía da Ilha Grande

A 36ª Reunião do Colegiado Territorial Rural da Baía da Ilha Grande aconteceu na última quarta-feira (14) para tratar sobre pautas como a re-homogação deste colegiado junto ao CONDRAF, além da realização de Conferências de Desenvolvimento Rural, Sustentável e Solidário. Outros assuntos abordados na ocasião foram os selos da Agricultura Familiar, o projeto FINEP em Mazomba, a cobrança de impostos sobre a produção rural familiar e ainda a situação da Unacoop na Ceasa-RJ.

O encontro que ocorreu na CASTE-UFRRJ e foi organizado pelo PEPEDT-UFRRJ e apoiado pela Superintendência do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar do Estado do RJ, contou com a presença de representantes de diversas instituições que compõem o Colegiado BIG, a exemplo do Instituto Mazomba, dos Quilombos Santa Izabel e Santa Justina, da EMATER-RJ, Embrapa Agrobiologia, dentre outros.

UNACOOP

Mônica Assis, moradora no Vale do Mazomba, em Itaguaí é agricultora familiar e orgânica. Na ocasião, ela representou Margarete Teixeira, gerente geral da Unacoop, que não pôde estar presente por motivos de saúde. Durante a reunião, Mônica leu um ofício redigido pela Unacoop se posicionando sobre as pautas citadas acima.

“Esta reunião foi muito importante para mim e acredito que para todos os agricultores familiares da região, pois, através do Colegiado Big, nos sentimos ouvidos e acolhidos toda vez que somos convidados a participar dessas discussões diante desses órgãos de tamanha importância para as políticas públicas que envolvem a nossa atividade e que impulsionam a nossa economia”, enfatizou Mônica Assis.

A gerente geral da Unacoop defende a re-homologação Colegiado BIG devido sua importância para a agricultura familiar do território da Baía da Ilha Grande e, em adicional, o retorno dos trabalhos com apoio e ações que são de grande relevância para o estado. “Essa união de todos fortalece as propostas de investimentos, capacitações e de projetos que devem ser aprovados em conjunto para que o desenvolvimento realmente aconteça para agricultura”.

Margarete Teixeira complementou explicando que, no Rio de Janeiro, há três territórios formalizados: o território Big – que não deixou de realizar suas reuniões em momento algum, os territórios Noroeste e Norte – que ficaram sem atividade devido à pandemia e perda de algumas lideranças da sociedade civil e substituições de membros representantes dos órgãos públicos devido a eleições e outros.

O documento com os posicionamentos da Unacoop apresentou ainda o desfecho da situação da entidade que ficou prestes a ter reduzida sua área no Pavilhão 30. “Contudo, após reunião com a diretoria da Ceasa-RJ, Bianca de Carvalho, e o deputado Val da Ceasa, a diretoria da Unacoop, juntamente com fundadores, conseguimos um acordo e fomos mantidos em nosso pavilhão como sempre, devido ao grande trabalho de manutenção e conservação daquele espaço, incluindo o atendimento e comercialização de todos nas Políticas Públicas do PAA da CONAB, PNAE e PAA Institucional e PAA Banco de Alimentos da Ceasa – RJ”, reforçou Margarete Teixeira.

Encaminhamentos

De acordo com o coordenador do Colegiado BIG, Lamounier Erthal Villela, o MDA afirmou que com a re-homologação, os assentos das instituições oficialmente participantes, onde a Unacoop é uma das participantes, devem ser definidos.

“Iremos montar, junto ao MDA, uma Conferência Territorial para levar nossas demandas para a Conferência Nacional, em Brasília. Faremos de Mazomba um laboratório para levar os selos da Agricultura Familar e assim criar uma metodologia a ser replicada. Já a FINEP irá contribuir em dois projetos de inovação no território BIG”, frisou.

Ainda segundo Lamounier Erthal Villela, o Colegiado estará apoiando a Unacoop junto à Ceasa-RJ. “Consideramos que a Unacoop não deva pagar impostos ou aluguéis, pois representa a Agricultura Familiar no RJ”, disse o coordenador do colegiado que também considera indevida a cobrança de impostos sobre as entregas do PNAE e adiantou que o MDA e a Defensoria Pública já foram acionados.

Para finalizar, o representante do BIG afirmou também que a ⁠Economia Solidária deve ser base para a Agricultura Familiar e que essas atividades devem retornar nos municípios da Baía da Ilha Grande.

Por Larissa Machado

 

 

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