Ceasa/RJ e Unacoop parceiras também em ações sociais na central de abastecimento

Marianna Valente

Trabalhar o setor social dentro da Central de Abastecimento do Rio de Janeiro (Ceasa) é um dos objetivos da atual gestão desta entidade que busca oferecer atividades de auxílio ao desenvolvimento profissional e também no âmbito da cidadania.

De acordo com a presidente da Ceasa/RJ, Bianca de Carvalho, neste ano, a central vai continuar a levar comida de qualidade à mesa de milhões de brasileiros.  “A Ceasa/RJ nunca parou de funcionar, durante toda a pandemia, e nosso compromisso é continuar com nosso Banco de Alimentos que doou, em 2021, mais de 700 toneladas de alimentos para cerca de 400 instituições socioassistenciais de todo o estado do Rio de Janeiro”.

A Ceasa é gestora do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e, por meio de um recurso do Ministério da Cidadania, adquire alimentos frescos da agricultura familiar fluminense e doa para instituições cadastradas no Banco de Alimentos que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Outra ação social desenvolvida pela Ceasa/RJ, em parceria com o governo do estado do RJ, é o projeto Eco Pet, com ponto de coleta de tampinhas plásticas na central de abastecimento para a promoção de castração de cães e gatos e ainda compra de ração.

No final do ano passado, aconteceu na sede da União de Associações e Cooperativas de Pequenos Produtores Rurais do RJ (Unacoop), no Pavilhão 30 da central de abastecimento-RJ, um curso gratuito de inclusão digital como parte do projeto Territorialização Ceasa/RJ.

Segundo Marianna Corrêa da Silva Valente, coordenadora do projeto Caixola da Alegria e idealizadora da oferta do curso da Ceasa, afirmou que após uma pesquisa, resultados apontavam para uma falta de inclusão social através do celular. “Havia muita gente com celular e tento um subaproveitamento. Muitos apenas passam áudios, porque não sabem escrever. E este curso melhorou muito o manuseio da tecnologia do celular por parte de trabalhadores da Ceasa”.

O curso gratuito de inclusão digital contou com o apoio da presidência da Ceasa/RJ e da Unacoop, por meio da gerente geral da entidade, Margarete Teixeira. “Nós da Unacoop e, consequentemente, do Pavilhão 30, desenvolvemos, paralelamente, nossas atividades comerciais, mas sempre agindo também de forma social, quando apoiamos ações como este curso, quando arrecadamos, durante o ano inteiro, alimentos para doar com a nossa campanha Caixas de Amor, além de muitas outras atitudes que fazem de nós, uma entidade diferenciada dentro da Ceasa/RJ por pensarmos e agirmos em prol do bem de em situação de vulnerabilidade social e/ou alimentar”, enfatizou Margarete Teixeira.

A rede de educação e formação profissionalizante On Byte foi a responsável pela capacitação digital. “A convite da Marianna, da Caixola da Alegria, realizamos este trabalho voluntário. Em conversa com a gerente da Unacoop, Margarete, falamos que nosso principal objetivo é, posteriormente, fazer a diferença capacitando pessoas que trabalham da Ceasa/RJ, bem como os seus dependentes, com baixo custo”, explicou Christiani de Souza Rocha, da On Byte.

A diretoria da Ceasa/RJ está fazendo um estudo de viabilidade para tratar sobre a possibilidade de colocar o primeiro laboratório de inclusão digital dentro do mercado de Irajá.

 

CAIXOLA DA ALEGRIA

O Caixolas da Alegria é um projeto social desenvolvido há dois anos em Irajá, Colégio, Del Castilho e Laranjeiras (Favela Júlio Otoni) que visa levar a leitura a crianças e jovens utilizando a reciclagem como base criativa. O projeto coleta caixotes da Ceasa/RJ que são pintados e estilizados por crianças, com ajuda de voluntários do projeto. O grupo também coleta livros novos e usados. Caixotes prontos e livros em mãos, é hora de escolher pontos de entrega para deixar a minibiblioteca, que ficam, durante toda a semana, em locais como escolas, clubes e até salões de beleza. Os voluntários passam para reabastecê-las a cada sábado.

A reciclagem é parte da vida das crianças da região. E são elas que fabricam as “caixolas da alegria” com tintas, canetas, papéis e grampeadores. “Fazemos as oficinas, uma vez ao mês, com grupos de até 10 crianças. Isso gera uma sensação de pertencimento a elas. Sabem de onde as caixolas partem”, explica Marianna.

As ações do projeto funcionam em três etapas: Visita e diagnóstico socioeducacional das Associações que nos abrem as portas, captação de livro em editoras de pequeno porte e ponto de entrega voluntária em condomínios, parques e empresas, além da doação de particulares. Temos Contadores de história, pintores de rostos e catalogadores. A mobília é feita de bancos de paletes e as estantes também, pois começamos catando caixotes da CEASA-RJ na área da caixotaria para pintar. É uma marca registrada e um motivo de orgulho.

Quem se interessar em fazer doações, pode entregar os livros diretamente na sede do projeto (Estrada do Barro Vermelho, 1.866, Colégio – Clube Colégio F.C) ou ligar para o grupo (tel: 99103-3482) e combinar com um dos voluntários o local onde os livros podem ser recolhidos.

Por Larissa Machado

 

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