Agricultura Familiar fluminense apresentou experiências no Congresso Internacional de Agroecologia no Paraguai

A União de Associações e Cooperativas de Pequenos Produtores Rurais Usuários do Pavilhão 30 (Unacoop) participou do Encontro com a Sociedade Civil Campesina e Indígenas da Agricultura Familiar, nos dias 21 e 22 de outubro, e também do Congresso Internacional de Agroecologia, realizado nos dias 23 e 24 daquele mês, ambos em San Lorenzo, no Paraguai.

Encontro

O encontro teve como objetivo principal refletir sobre o contexto regional da temática Soberania Alimentar e também partilhar experiências com vistas a avançar em direção à segurança alimentar e qualidade de vida.

Durante o encontro, os participantes destacaram que a o tema na América Latina enfrenta sérios desafios, agravados pela expansão do agronegócio, da mineração e do desmatamento, que afetam diretamente a Agricultura Familiar Camponesa e Indígena.

Ao final do evento foi produzida uma Declaração, onde as organizações destacaram a urgência de promover políticas públicas que apoiem a agroecologia e protejam bens comuns como terra e água. Também foi destacado o papel fundamental das mulheres como guardiãs das sementes e da biodiversidade, e a necessidade de capacitá-las e garantir o seu acesso aos recursos produtivos.

Congresso

A gerente geral da Unacoop, Margarete Teixeira, foi convidada a ministrar uma palestra neste evento internacional sobre o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Conab e ainda sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), bem como as demais ações desenvolvidas por esta entidade.

“Gostaria de agradecer ao Centro de Desenvolvimento de Ações Comunitárias (CEDAC) pela indicação para participar deste momento tão importante.

Margarete Teixeira relembrou que na época em que esteve na Argentina, a Economia Solidária, o comércio justo e o orgânico ainda estavam nascendo. “Naquela época, eu não entendia. Hoje, um pouco mais que no passado, e pude perceber o quanto é fortalecido na América Latina a questão da agroecologia”.

“Durante a palestra da Unacoop, coloquei a vontade de que haja um equilíbrio nos preços, o que também é um desejo no Paraguai. Lá, eles gostariam que o produto orgânico fosse mais barato. Eu acho que não tem que ser mais barato do que o convencional. Ele tem que estar numa maneira que todos possam acessar com o objetivo de acabar coma fome no nosso país. Enfim, tivemos bons momentos de descobrir do que se trata, do que nós estávamos discutindo, do que nós temos que trabalhar e prever para o futuro”, enfatizou a gerente geral da Unacoop.

A representante brasileira da agricultura familiar no Congresso, afirmou que, vai tentar implantar no Rio de Janeiro a experiência adquirida no Paraguai. “Já comecei a dialogar com nossa diretoria, explicando as possibilidades e acredito que a gente consiga mais alguns agricultores aderindo ao PAA, através da CONAB”.

Participantes

Também estiveram reunidos representantes de organizações campesinas e indígenas da agricultura familiar da Argentina, Brasil, Bolívia, Colômbia, França, Peru e Paraguai, vinculadas à Plataforma Social e de Solidariedade do Mercosul, da Tacsa – Transição para uma Agroecologia Campesina à Serviço da Soberania Alimentar, e MAELA – Agroecologia Movimento da América Latina e do Caribe.

Por Larissa Machado

 

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